segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Modelos

As segundas-feiras tem me nascido reflexivas. Deve ser culpa do domingo.
Pois bem, estava eu conversando, entre um café e uma fatia de quiche de amêndoas vegetariana sem qualquer resquício de lactose, que o ser humano tem a tendência de generalizar as coisas.
É verdade.
Acho que isso vem do fato de que precisamos entender o mundo de uma forma prática e, por mais que a gente tente ser relativo em relação ao que nos cerca, nosso cerebrinho precisa de modelos. Esses modelos podem mudar, pra encaixar novas perspectivas, ou não, e é aí que encontramos pessoas preconceituosas e pósconceituosas.
Então, é por isso que procuramos estabelecer gêneros nas coisas, nas pessoas e nos fatos, para que possamos compreender o que diabos está acontecendo, afinal, tudo aqui é questão interpretativa.
Assim, costumamos dizer: esse tipo de gente é assim. Naquele país, as pessoas são dessa forma.
Só que não.
Por mais que eu ache que as pessoas, no fim das contas, são iguais e, sim, a gente pode entendê-las por meio dos outros, existem tantos outros que é preciso muita atenção pra saber que tipo de outro o outro é.
Fácil?
Exemplifico.
Acredito que 99% das pessoas não gosta de ter a própria mãe chamada de mulher da vida. Se quiser fazer o teste, pode sair na rua tentando, entre os transeuntes, calcular. Provavelmente você estará morto antes de chegar na esquina. Mas, há a possibilidade de um desses filhos da mãe não ligar pro que seria um xingamento.
Então, aí em cima, dei um exemplo bem sutil pra tentar dizer que, apesar dos nossos modelos, feitos para entendermos o mundo, temos que estar prontos para pegar essas formas de bolo e encaixarmos novas pessoas e situações.
Quero dizer que o preconceito existe. E acho que as pessoas agem de maneira muito preconceituosa em relação ao preconceito.
Acho que ele é necessário para nossa sobrevivência. O que tem de errado no preconceito é utilizar essa ignorância para separar pessoas, ou para desqualificar situações. Isto é, o preconceito é esse modelo que temos na cachola, e que, se soubermos deixa-lo maleável, conseguiremos nos adaptar ao novo.
Repito. O preconceito é apenas uma análise anterior que fazemos do novo. Nada de mal nisso. Usamos nossos modelos para tentar encaixar o que não entendemos. Afinal, estamos em um planeta cheio de perigos, e estar atento e forte é preciso.
O que faremos a seguir é que é o pulo do gato (que nem sempre cai em pé).
O ideal é que tenhamos a capacidade de ampliar nossos modelos, para abarcar a diversidade.
O ruim é o pósconceito. Que é quando já conhecemos o novo e o recusamos apenas por recusar, pelo fato de que não atende aos nossos antiquados padrões, mesmo o que a novidade que veio dar na praia não cause mal (por óbvio que não devemos aceitar tudo o que aparece por que nem tudo é bom. Mas devemos pelo menos observar antes de sair devolvendo pro mar a oferenda).
Acho que é por isso que o homem generaliza o que vê. Apenas para enfrentar o mundo. A tarefa de hoje é abrir a mente, flexibilizar as formas para encaixar o diferente e saber, sempre, que se eu não respeito os outros, os outros também tem o direito de não me respeitar.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Foi como se eu saísse da Terra

Assim como as lojas, uma pessoa pode fechar pra balanço, sair de ferias desse mundo doido que cerca a gente. Uma pessoa pode se afastar emocionalmente daquilo que o tem deixado tenso, assustado, nervoso.
Esse afastar-se, fechar para balanço, tomar um tempo pra respirar além do perfume inebriante dos relacionamentos, como diria Alanis, é mais comum do que se imagina. Normalmente acontece sem querer: a gente se sente tão cansado depois de uma batalha que faz um retiro dentro da própria alma - ou da própria cabeça. Em outros casos, é uma escolha calculada, pelos mesmos motivos.
Em ambos, a ideia é a mesma: cansados, exaustos, nos retiramos do mercado, com promessa de retorno, para poder ver melhor, para poder descansar.
Essas ferias servem para colocar as coisas no lugar, arrumar os pensamentos, destruir as neuras, e, enfim, retornar com novidades para mais uma temporada.
Estar em moratória não significa ficar trancado em casa, evitar contato com os seres humanos - que, sabemos, é um ser social que não sabe viver em sociedade.
Resta saber quanto tempo vai durar essa pausa. Ela deve durar apenas o suficiente para que se possa reorganizar a vida. Feito isso, deve-se partir para a luta, para não correr o risco de estar livre, mas indisponível e longe de alcance.

A ideia pro pensamento aqui em cima veio enquanto ouvia uma bela musica canadense, em francês, do Garou, em dueto com a Céline Dion. Depois de escutá-la mil vezes no caminho da aula de manhã, ela me pegou em cheio, e por pouco eu não tive que parar o carro pra me recompor.


Sob o vento

E se você crê que eu tinha medo
É falso
Eu dou férias a meu coração
Um pouco de descanso

E se você crê que eu estava errado
Espere
Respire um pouco do sopro de outro
Que me impulsiona adiante
E...

Foi como se eu fosse pelo mar
Eu armei a grande vela
E deslizei sob o vento

Foi como se eu deixasse a terra
Eu encontrei minha estrela
E a segui por um instante

Sob o vento...

E se você crê que é o fim
Jamais
É apenas uma pausa, uma trégua
Depois dos perigos

E se você crê que eu te esqueci
Escute
Abra seu corpo para os ventos da noite
E feche seu olhos
E...

Foi como se eu fosse pelo mar
Eu armei a grande vela
E deslizei sob o vento

Foi como se eu deixasse a terra
Eu encontrei minha estrela
E a segui por um instante

Sob o vento...

Sous le vent


Et si tu crois que j'ai eu peur
C'est faux
Je donne des vacances à mon coeur
Un peu de repos

Et si tu crois que j'ai eu tort
Attends
Respire un peu le souffle d'or
qui me pousse en avant
et...

Fais comme si j'avais pris la mer
J'ai sortit la grand voile
Et j'ai glissé sous le vent

Fais comme si je quittais la terre
J'ai trouvé mon étoile
Je l'ai suivie un instant

Sous le vent...

Et si tu crois que c'est fini
Jamais
C'est juste une pause, un répit
Après les dangers

Et si tu crois que je t'oublie
Écoute
Ouvre ton corps aux vents de la nuit
Et ferme les yeux
Et...

Fais comme si j'avais pris la mer
J'ai sortis la grand voile
Et j'ai glissé sous le vent

Fais comme si je quittais la terre
J'ai trouvé mon étoile
Je l'ai suivie un instant

Sous le vent

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Você morreu?!

Às vezes a gente morre. Não de verdade.
Bem, às vezes a gente morre de verdade, mas isso só acontece uma vez na vida.
O que quero dizer é que às vezes a gente morre metaforicamente.
A morte metafórica ocorre quando algo, ou alguém, nos afeta de uma maneira que é como se a gente morresse. A vida seca, fica cinza.
Como diria Roberto, vivemos uma "alegria triste".
Muitos sofrem essa mortefórica e ficam pra sempre no limbo. E aí é como se morresse em vida, e estivesse esperando a morte real chegar.
Os que vivem nesse limbo são facilmente reconhecíveis: perderam a capacidade de sentir prazer, de ser feliz, de aproveitar o mundo. E quando começam a reviver, a sentir, quando uma fagulha de vida e esperança volta brilhar ali onde havia um coração, tratam logo de apagar com um sopro: não, a vida dói, melhor viver no limbo.
Outros renascem.
Após a mortefórica, depois de um período no purgatório, tem pessoas que revivem. Que saem da vida gris, do cinzento, a alegria triste, e se tornam outra pessoa. Constroem uma nova vida.
Quando se renasce, passa-se a ver coisas nesse mundo gigante que antes passavam despercebidas. E aquelas coisas que um dia pareceram tão importantes se tornam menores. Com a morte a gente aprende. A gente aprende que o mundo continua girando, que as pessoas continuam vivendo e que a sua morte, no fim, não significa muita coisa pros outros, só pra você.
Curiosamente, sua vida, sua alegria, sua companhia, significam muito mais para as pessoas ao seu redor.
Sair da mortefórica não é fácil. Ficar ali, cultivando a dor e a pena a si próprio é mais fácil, mais tranquilo. E é covarde.
Exige-se tremenda coragem renascer, criar uma vida nova e ser uma pessoa nova. Afinal, ao se optar por viver, junto com o pacote - tal qual um MCLanche Feliz - existem os efeitos colaterais. Ao se viver, pode-se morrer de novo.
Eu recomendaria, se me perguntassem de novo, reviver sempre. Se a vida só der limões, um dia faça a tal da limonada. Noutro dia, taque tudo de volta na cara dela e diga: agora eu quero graviolas, motherfucker! Ela dará, desde que você suba na árvore e colha.
Se você opta pela morte, pelo limbo, pela autocomiseração, azar. O mundo vai girar, vai passar, as pessoas vão viver. Diria a Luka, "sem você, o mundo continua a girar" - sim, eu mencionei Roberto Carlos e Luka na mesma conversa.
E não tente se enganar achando que os outros vão sentir pena de você, só porque você tem pena de si. Elas vão até fingir por um tempo. Mas... o mundo gira - de novo - e você passa.
Resta escolher entre ficar parado, olhando a vida passar, ou entrar na festa. Porque ela é uma festa. E todo mundo foi convidado, só que nem todos vão.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O que muda?

Estava eu conversando com um amigo sobre o fato de estar me sentindo meio parado, com uma vontade enorme de mudar algumas coisas na minha vida. Expliquei pra ele que não era necessariamente uma mudança fática, isto é, não queria necessariamente mudar de emprego, ou de casa, mas uma mudança de atitude, de encarar a vida, uma vontade de conhecer coisas e pessoas novas.
Pensando melhor, eu descobri algo sobre mim mesmo que eu não havia prestado atenção: não gosto de rotina.
Não quero aqui dizer que gostar ou não de rotina é bom ou mau.  Muita gente gosta da rotina, de ter tudo bem estabelecido.
Descobri, então, que não é o meu caso. E acho que sou assim desde pequeno, se eu observar o tanto de coisas que eu já fiz e deixei de fazer pra preencher o meu dia a dia.
Não é que eu queira, por exemplo um trabalho dinâmico. Como eu já disse, meu trabalho não é minha vida, e eu me recuso a viver em função dele. Ele é uma parte do meu dia. São seis horas apenas.
Acontece que hoje eu me percebi preso às ocupações que eu mesmo criei. Curso de manhã. Trabalho a tarde. Outro curso e academia à noite.
Fiquei sem tempo pra inovar. O tempo que eu tenho livre, agora deve ser preenchido pra estudar, e pra dormir, porque, se não, não consigo levantar inteiro pra cumprir a rotina do dia seguinte.
Há cerca de dois anos eu passei por essa mesma situação, lembro-me. E mudei muita coisa. Escolhi estudar uma língua, escolhi entrar pra academia. Escolhi fazer dos meus dias de semana também dias de diversão.
Mas, com tanta coisa pra fazer, a diversão descompromissada passou a acontecer apenas nos fins de semana. E por ser tão pouco tempo, até a diversão virou rotina: PRECISO sair sexta. PRECISO sair sábado. PRECISO ir ao cinema...
Pensando nisso, nessa mudança de atitude somada à mudança de agenda, dei o primeiro passo: passei a acordar mais cedo.
Isso, pois, desde o inicio do ano, quando entrei nessa Pós-Graduação que me consome como um gordinho consome uma garrafa de coca-cola, me vi tão cansado que acordava, todos os dias, atrasado. Meu almoço era atrasado. Chegava no trabalho em cima da hora. E todo o meu dia ficava corrido e engessado.
Agora, acordo duas horas antes. Foi quase mortal no inicio. Mas, a gente se acostuma com tudo.
Hoje, eu levanto com tempo pra tomar café!!!
Dá tempo de ver TV, e de passear na internet! E perseguir meu gato!
Mudei também meu horário de almoço. Almoço mais cedo e me sobram minutos preciosos pra fazer nada entre o inicio da digestão e o inicio do trabalho.
Só à noite que não cheguei à uma conclusão muito brilhante, pois ainda me assombra a manhã seguinte.
Mas, essas pequenas mudanças, já estão me ajudando. O meu problema era a falta de tempo. Então, criemos tempo!
Ainda preciso cuidar do meu fim de semana. Já já chego lá.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Amargura em minha boca, sorri seus dentes de chumbo

Alguns acontecimento em nossa vida mudam a gente para sempre. É como se nós fôssemos um rio e, num repente, o curso de nossas águas mudasse. Bonito.
Muitas vezes, os acontecimento são claramente bons. Mas, os bons, a gente termina esquecendo, e focamos naqueles que não foram legais, afinal, o sofrimento e a dor chamam muito mais atenção. Por isso que existem os telejornais.
Há cerca de 3 anos eu passei por uma situação que se prolongou por quase dois anos, e que foi uma dessas mudanças de curso. Acontece que de tudo o que aprendi com aquilo, de toda a positividade que consegui tirar daquela grande bosta - desculpe - uma coisa estranha ficou na minha cabeça, e é difícil de tirar.
Amarguei?
Eu posso considerar que tudo o que me aconteceu - não, não vou falar - poderia ter me deixado totalmente descrente na humanidade, nos relacionamentos, e em tudo o que envolva duas ou mais pessoas.
Quem me conhece sabe que eu sou muito crítico em relação a tudo. E que brinco muito com o que está nos meus arredores. E esse comportamento até faz parecer que eu esteja 100% desgostoso com o mundo. Não é verdade.  Nem tudo que eu falo é o que eu sinto. Não fui contratado pra ter lógica.
Mas, fiquei com medo de, depois de tudo, ter virado um cara amargo. Daqueles que desconfiam de tudo, que bloqueiam tudo, que vivem num lado negativo e tentam negativar o mundo.
Apesar de não parecer, eu sou bastante otimista. Em relação ao amor, à amizade, e etc. Mas, também, sou realista, e racional o suficiente pra não acreditar em ladainhas.
Só que não consigo deixa de pensar no quanto eu posso ter mudado nestes últimos 3 anos e, apesar de repetir que eu quero que tudo dê certo, tenho medo de, no fundo, acreditar que tudo está perdido. E, por isso, termine afastando potenciais relacionamentos pelo simples fato de achar que não vale a pena ser machucado de novo. E, pior, acreditar que todos são incapazes de ser felizes, e os que são, na verdade, estão ou fingindo, ou com os dias contados. E que todo mundo vai machucar todo mundo, porque o ser humano é um animal social que não saber se relacionar.
Hoje, pensando bem, acho que não amarguei.
Mas, só o fato de pensar nisso, quer dizer que eu não me curei ao ponto de estar livre dessa maldição.
Apesar das bobagens que eu digo, e das brincadeiras que eu faço, e dos julgamentos que eu emito, eu quero sim que tudo esteja bem. E eu acredito nos outros. Só não sou bobo.
Ou será que não?

sábado, 18 de agosto de 2012

São crianças como você

O ser humano, apesar de se achar completo e perfeito, e de se achar um deus (não minta, você acha tudo isso, mas finge que não), não o é. Tanto o é, que você julga o comportamento dos outros em comparação ao seu - talvez não o exteriorize, mas tá ali dentro da sua cachola.
Acontece que a sociedade nos determina que, quando deixamos de ser adolescentes (até o fim da adolescência você pode errar), e nos tornamos adultos - e saber o que é um adulto e o que isso significa na noite é assunto pra outra conversa - estamos prontos. Seremos pais e mães, e profissionais competentes, porque estamos prontos.
Nós nunca estamos prontos. Nós nunca atingiremos a plenitude de sabedoria necessária para entender a vida instantaneamente.
Nem o mais velho sábio chinês está imune à vida. E a vida todo dia pode trazer novidades que o farão  voltar a aprender.
Apesar de eu não gostar das músicas da Legião Urbana - sim, julgue-me - acho que a frase mais interessante que ouvi sair na voz do Renato, o Russo, é: você culpa os seus pais por tudo. Isso é um absurdo. São crianças como você.
E isso é verdade. Somos eternas crianças. Somos eternos alunos. Nossa aparência de velhos conhecedores do mundo só vale para aquilo que aprendemos - empírica ou teoricamente, vá lá - mas só.
Mesmo tendo 100 anos, se algo novo se apresentar, estaremos como se com 10.
Ou você nunca correu pro seus pais por ajuda, e os viu tão assustados quanto você?
Isso é um absurdo.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Tic-Tac

A ansiedade é uma bosta. Dito isso, chegado à esta conclusão empírica, o que quero dizer é que a sociedade hoje é um terreno fértil ao exagero da ansiedade. Muita correria, muita cobrança, pouco tempo, tudo tem que acontecer o mais rápido possível, não importa se da melhor forma.
A escola nos molda assim, o trabalho nos cobra assim. E a gente leva isso pra nossa vida. Repare que eu dissocio escola e trabalho de "vida".
Quando a gente transporta essa correria desenfreada pra nossa casa, pra nossa mente, tudo o que a gente faz ou deixa de fazer passa a ser pautado pelo relógio imaginário que fica ali atrás da nossa nuca, tiquetaqueando e mandando a gente correr, não se sabe muito bem pra onde.
Acontece que a maioria das coisas não acontecem quando a gente quer, e muito menos da maneira que a gente escolheu. E ai, quando as coisas não acontecem, ou pior, teimam em acontecer devagar ou - Deus nos livre! - da forma que a gente não quer, só resta uma coisa: caixão. A gente morre de ansiedade. A gente entra numa angústia doida. A gente pensa, repensa - e se você tiver um diagnóstico de TOC - trepensa, sobre todos os motivos que contribuíram para tudo dar errado.
É aí que está o pulo do gato.
Primeiro. O tempo é uma criação humana. Os acontecimentos são obra do acaso. Como então juntar duas coisas tão díspares? Não dá. A máxima "dê tempo ao tempo", velho clichê, tem razão. Aguardar é sempre uma boa opção. Aguardar, eu disse, não acomodar.
Segundo. As coisas não vão acontecer sempre como a gente quer. As pessoas não vão se comportar como a gente deseja. O máximo que a gente pode fazer é jogar com as armas que a gente tem.
Terceiro. A ansiedade cega. Quando deixamos a ansiedade tomar conta, é fato que veremos tudo errado. Os problemas pequenos se tornarão grandes. Os comportamentos contrários se tornarão afronta. E a gente vai interpretar tudo errado.
Esse desespero que bate na gente  nos imobiliza, nos constrange e nos cansa. Quando tudo parecer estranho, errado... pare e observe se não vale a pena esperar um pouco, relaxar e avaliar.
Esse relógio atrás da nuca, não existe. Essa correria não é sua.